sexta-feira, 29 de abril de 2011

Igreja de Sta. Maria - 1944 - Torre sineira e Caixa Geral de Depósitos

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"A localização especial da Agência da Caixa Geral de Depósitos interposta entre a Igreja de Sta. Maria da Feira e a sua tôrre sineira, ocupando o espaço onde anteriormente teria existido uma capela, motivou a imperiosa necessidade de alargar os (...) exames e observações àqueles edifícios contíguos, acêrca dos quais já sabiamos apresentarem evidentes sintomas de ruína.
Noutros tempos, esta tôrre era isolada da Igreja de Sta. Maria. Entre as duas edificações existia uma pequena rua que foi obstruída pela construção de uma capela. São testemunhos da existência dêste pequeno templo os azulejos sacros que forram as paredes; além de que da dita capela ainda existem fotografias, uma das quais está reproduzida nos azulejos da estação do C.F. desta cidade. A capela em questão era coberta com abóbadas de aresta. Estas apoiam-se, de um lado, na parede da Igreja, e pelo outro na da torre.
É possível que houvesse sido com a intenção de aproveitar o local ocupado pela capela, e em especial, as suas abóbadas, que se determinaria a infeliz ideia de construir a agência naquele exiguo espaço.
A sua traça, flagrantemente contrastante com a sobriedade arquitectónica do restante conjunto, avoluma ainda mais a impropriedade de semelhante localização..."

(Extracto de um relatório elaborado pelos Engenheiros António Carneiro Devesa e José Manuel Vieira de Barros sobre os sintomas de ruína apresentados pela torre sineira da Igreja de Sta. Maria da Feira e edifício adjacente in Arquivo de Beja, "Acêrca da Igreja de Santa Maria, da sua tôrre e edifício da Caixa Geral de Depósitos", vol. I, fasc. IV, Out-Dez, 1944, pp.46-47)

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