«... a Rua das Lojas. Em 1931 o [jornal] O Porvir escrevia que ela "era noutro tempo um verdadeiro empório comercial mas com a montagem de estabelecimentos nas aldeias mais importantes do concelho, foi-se reduzindo pouco a pouco o movimento da referida rua. E agora, mercê de conhecidos factores, (...) parece um ermo, quando antigamente era concorrida e animada, pois de perto de vinte estabelecimentos que possuía não restam senão meia dúzia deles, que irão desaparecendo também à medida que os seus proprietários forem falecendo, vitimados pela terrível doença da contribuiçonite, o terrível flagelo do comércio e da indústria nacionais." (referindo-se às exigências do então ministro das Finanças, Oliveira Salazar, obrigando a pagar, de imediato, ou a fecharem as portas, todas as contribuições em atraso). Mas, aparentemente, esta artéria da cidade hoje alvo de semelhante comentário, conseguiu atravessar cinco décadas do século XX mantendo a sua feição comercial. Portanto resistindo, adaptando-se.» (Constantino Piçarra e Rui Mateus, Beja, Roteiros Republicanos, QuidNovi, 2010, p.61)
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