Transferido para a posse da Misericórdia de Beja em 1554, o Hospital foi objecto de sucessivas reformas e actualizações estéticas. Na sua capela, por exemplo, pode ainda observar-se a série de pinturas atribuíveis a André de Reinoso e datáveis da primeira metade do século XVII. Na primeira metade do século XVIII foram realizadas algumas obras que reaproveitaram materiais anteriores, como foi o caso da ala Norte do claustro ou mesmo da fachada principal da capela.
A feição actual do Hospital muito deve à acção da rainha D. Maria I que, em finais do século XVIII, empreendeu uma reforma bastante grande do imóvel. Intervindo sobretudo na fachada principal do Hospital (datada de 1794) e no piso superior, esta acção visou modernizar o edifício em duas vertentes essenciais: por um lado, a vertente estética; por outro, a função utilitária à qual o Hospital era consagrado. Ao nível da fachada principal rasgou-se um arco de volta perfeita, moldurado em cantaria, onde se inseriu o escudo real em grande destaque. Na enfermaria, dotou-se este espaço de um piso superior, a que se acede através de uma monumental escadaria.
Diversas obras foram ainda realizadas no século XIX e ao longo de todo o século XX que contribuíram para a imagem actual do Hospital da Misericórdia de Beja. Particularmente significativos foram a inclusão de painéis de azulejos datados de 1886, no átrio que antecede a entrada no edifício, e a abertura de janelas neo-góticas, apontadas, em alguns alçados, assim como a reformulação da maior parte dos pavimentos.»
(in site do IGESPAR sobre Hospital da Misericórdia de Beja, antigo Hospital de Nossa Senhora da Piedade).
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