(Clicar para ver ampliado)
Arco Romano da Porta de Aviz reconstruído, 1939
(as muralhas do castelo só em 1949 seriam restauradas).
Arco Romano da Porta de Aviz, Setembro 2011.
O arco da Porta de Aviz situado no Terreirinho das Peças, foi em tempos encimado por uma Ermida (Nossa Sra. da Guia). Ambos terão sido demolidos em finais do século XIX. Abel Viana consegue que as pedras do arco sejam recuperadas e, em 1939, este seja reconstruído (sem a Ermida).
«O Arco da 'Porta de Aviz' ainda o vi de pé há anos; mas, por mil oitocentos e noventa e tantos, foi demolido, com permissão, ao que parece, das respectivas autoridades: não há palavras com que qualificar êste acto de verdadeira selvajaria!
Muitas pessoas supõe insensatamente que a civilização ou o progresso de qualquer terra deve manifestar-se apenas na ostentação de um clube, de um teatro, de uma praça de touros (!), de um jardim bem arruado, e nessa persuação desprezam tudo o que cheira a 'velharia', como se o presente não viesse do passado e como se não fôsse pela constante lição dêste que se aperfeiçoa aquele! O facto da destruição do Arco romano é tanto mais estranhável, quanto é certo que em Beja há quem tenha compreendido a importância da arqueologia, como o prova o bom museu que ali existe.
- Para cúmulo da tristeza acrescentarei que as pedras que constituiam o arco romano foram transportadas para a 'pescadaria' ou mercado do peixe, onde servem de mesas de venda às peixeiras! Aí contei eu em Maio deste ano 24 pedras. Talvez não fôsse impossível reconstruir o pobre arco no local primitivo, pois que restam ainda tantas pedras e o desenho do monumento total. E que belo documento de dedicação cívica e de ilustração não seria êsse!» (José Leite de Vasconcelos, O Archeologo Português, vol. VIII, nº 7 e 9, 1903 citado por Abel Viana, Arquivo de Beja, vol.I, fasc.I, 1944, pp.167-168)
Arco Romano da Porta de Aviz reconstruído, 1939
(as muralhas do castelo só em 1949 seriam restauradas).
Arco Romano da Porta de Aviz, Setembro 2011.
O arco da Porta de Aviz situado no Terreirinho das Peças, foi em tempos encimado por uma Ermida (Nossa Sra. da Guia). Ambos terão sido demolidos em finais do século XIX. Abel Viana consegue que as pedras do arco sejam recuperadas e, em 1939, este seja reconstruído (sem a Ermida).
«O Arco da 'Porta de Aviz' ainda o vi de pé há anos; mas, por mil oitocentos e noventa e tantos, foi demolido, com permissão, ao que parece, das respectivas autoridades: não há palavras com que qualificar êste acto de verdadeira selvajaria!
Muitas pessoas supõe insensatamente que a civilização ou o progresso de qualquer terra deve manifestar-se apenas na ostentação de um clube, de um teatro, de uma praça de touros (!), de um jardim bem arruado, e nessa persuação desprezam tudo o que cheira a 'velharia', como se o presente não viesse do passado e como se não fôsse pela constante lição dêste que se aperfeiçoa aquele! O facto da destruição do Arco romano é tanto mais estranhável, quanto é certo que em Beja há quem tenha compreendido a importância da arqueologia, como o prova o bom museu que ali existe.
- Para cúmulo da tristeza acrescentarei que as pedras que constituiam o arco romano foram transportadas para a 'pescadaria' ou mercado do peixe, onde servem de mesas de venda às peixeiras! Aí contei eu em Maio deste ano 24 pedras. Talvez não fôsse impossível reconstruir o pobre arco no local primitivo, pois que restam ainda tantas pedras e o desenho do monumento total. E que belo documento de dedicação cívica e de ilustração não seria êsse!» (José Leite de Vasconcelos, O Archeologo Português, vol. VIII, nº 7 e 9, 1903 citado por Abel Viana, Arquivo de Beja, vol.I, fasc.I, 1944, pp.167-168)
Sem comentários:
Enviar um comentário