terça-feira, 27 de agosto de 2013

Praça da República de Beja - 1960/2011 - Pelourinho


1961


Antes de 2002 (início das obras da Polis)


Março 2011
«O Pelourinho - "classificado como Imóvel de Interesse Público - mandado erigir por D. Manuel I. Apeado em data imprecisa de oitocentos, extraviaram-se alguns dos seus elementos, pelo que, já no século XX, se procedeu a uma reconstituição. Na sequência da obra de requalificação da Praça empreendida pelo Programa Polis, procedeu-se à sua relocalização, no enfiamento com a Rua dos Infantes, e à retirada dos degraus sobre os quais se erguia, numa tentativa de apresentação do monumento na sua forma original (a colocação deste tipo de monumentos sobre bases mais ou menos elevadas correspondeu à sua monumentalização, efectuada no século XIX, num momento em que se assistia ao reforço do municipalismo e em que os pelourinhos, não possuindo já uma função utilitária, passaram a ser encarados como um símbolo do poder municipal).»(Susana Correia, Beja. Caminhos de Futuro, Programa Polis, Beja, Out.2005, pp.37-38)

1 comentário:

Calandrónio disse...

Esta mania de querer explicar tudo à luz de uma pretensa "monumentalização" imposta pelos regimes liberal e do Estado Novo, quanto à recolocação dos pelourinhos sobre degraus, é ridícula.A maioria dos pelourinhos do país estavam e ainda estão desde o período medieval assentes numa pequena elevação escalonada com degraus. Há descrições, destes elementos camarários, de aplicação da justiça, bem anteriores ao século XIX. Já agora, a ilustração que mostra a praça em perspectiva, com o pelourinho em primeiro plano, não é do século XIX, mas, sim, de 1915, mês de Maio, desenhada por Francisco Luís Alves que nunca a viu sequer com arcadas e, muito menos o pelourinho. Colocou-o em primeiro plano para que se visse melhor. Tudo isto foi debatido, aquando do programa Polis, mas ninguém quis saber da verdade. É Beja "no seu melhor".